Seriam os clubes brasileiros aprovados no fair play da uefa?
By Chandler Greenport / Rodrigo Oliveira
Recentemente, principalmente após algumas falas de diretores do Flamengo, vimos na imprensa brasileira, uma certa discussão sobre implementação de regras de fair play financeiro no futebol brasileiro.
Mas o que seriam essas regras?
O Fair Play Financeiro (FPF) é um conjunto de regulamentos estabelecido pela UEFA com o objetivo de promover a sustentabilidade financeira dos clubes de futebol. Introduzido em 2011, o mecanismo visa evitar que os clubes gastem mais do que ganham, garantindo que todos os gastos em transferências e salários sejam equilibrados com as receitas obtidas.
Atualmente, esses gastos são limitados a 80% das receitas dos clubes. Para a temporada 2025/2026, a UEFA estipulará uma regra em que estipula que os clubes somente podem gastar com salários, encargos, agentes e amortizações um valor de, no máximo, 70% de suas receitas.
Com base nisso, fizemos um estudo comparativo, em que iremos indicar quais clubes brasileiros seriam aprovados pela regra do Fair Play Financeiro.
Segue abaixo uma lista com os clubes brasileiros, sendo indicado a receita e os custos, sendo marcados de verde os que seriam aprovados pela regra, e vermelho os que seriam rejeitados:
Dessa forma, vemos que no ano de 2023, apenas quatro clubes seriam aprovados no regulamento do Fair Play financeiro da Europa, sendo Flamengo, Athletico Paranaense, Santos e Cruzeiro.
Em relação ao Flamengo, o clube, como sabido, veio de décadas de patrocínios públicos e uma torcida com média superior a 50.000 pessoas que contribuíram com a atual saúde do clube.
O Athletico Paranaense fez uma grande venda do atleta Vitor Roque, que trouxe R$ 213.400.000,00 para os cofres do clube. Ainda não foram contabilizados os valores que serão pagos de forma parcelada pelo Barcelona.
Já o Santos recebeu R$ 166.000.000,00 de venda de atletas em 2023, sendo R$ 164.000.000,00 somente pelo atleta David Washington, vendido ao Chelsea.
O Cruzeiro, por sua vez, recebeu R$ 96.000.000,00 de adiantamento da venda de seus direitos comerciais para a Liga Forte União (LFU). O baixíssimo investimento feito por seu antigo proprietário, Ronaldo, também contribuiu para uma aprovação no sistema do Fair Play Financeiro da UEFA.